É uma das freguesias que desde sempre pertenceu ao concelho de Alijó e uma daquelas que constituía o seu
núcleo primitivo. Está a oito quilómetros da vila.
Amieiro fica situada na margem esquerda do rio Tua, a catorze quilómetros
da sede de concelho. Encontra-se na serra do mesmo nome, a 829 metros de distância. Começa na foz do rio Tinhela e prolonga-se
até à freguesia de Carlão, sendo conhecida também por este nome. É uma zona de declive, dominada pela cordilheira granítica
de Vilarelho.
O topónimo desta freguesia é de sentido geográfico. Provém do facto de existirem, ou terem existido, amieiros
em grandes quantidades perto do rio e dos ribeiros que a banham. Refere a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, verdadeiro
tratado sobre toponímia, em relação a este assunto: À primeira vista pode parecer moderno; mas nesta região do País de adusto
povoamento, pode ser muito mais antigo - pelo menos, no caso mais recente, de um arcaico ameeiro (latim Amoenariut) para não
se recuar demasiadamente ao étimo, este aliás bem justificado no significado botânico pela situação do local à borda do Tua,
onde os amieiros podiam proliferar. Assim Amieiro não deve significar uma árvore isolada, mas ter o sentido arcaico de ameeiro,
de acordo com o étimo: o conjunto das espécies vegetais que hoje tem o nome de amieiro.
Conta o povo muitas lendas sobre
a fundação da freguesia. Uma delas refere-se a uma invasão de formigas no Amieiro velho, que obrigou as pessoas a abandonar
o local e fundar o actual Amieiro. Mas a verdade é que o povoamento da freguesia deve mesmo ter começado em tempos pré-históricos.
Aqui terá existido um castro de defesa natural. Comprova-o a topografia do local e alguns topónimos hagiográficos que nos
remetem para cultos antiquíssimos de raiz pagã.
A freguesia foi um curato da apresentação da reitoria de Alijó. Esteve
sob o domínio dos Távoras até passar para a coroa, depois do martírio a que foi sujeita aquela família, acusada de tentativa
de regicídio pelo Marquês do Pombal.
A sua economia é marcada pela agricultura. Os seus férteis terrenos, protegidos dos
ventos norte e nordeste, propiciam o cultivo do vinho, azeite, laranja e produtos hortícolas.
Nasceu no Amieiro José Maria
Teixeira da Rocha, benemérito que se notabilizou pelo apoio dado a algumas obras de carácter social levadas a cabo no concelho
e na freguesia: o lar de idosos de Alijó, o infantário, a ponte, o cemitério, a igreja e a casa da cultura do Amieiro, etc..
Foi dado o seu nome à praça fronteira ao pavilhão gimnodesportivo.