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PALA-PINTA

Carlão
Orago de Carlão Freguesia de Carlão

A dez quilómetros da sede do concelho, Carlão é uma freguesia de remoto povoamento. Os abundantes vestígios arqueológicos assim o confirmam.
No campo da arte primitiva (Neolítico e Idade do Bronze), há as pinturas rupestres de Pala Pinta. É um dos três únicos espaços com estas características em todo o País. Foi descoberto por um arqueólogo local em 1921 e é formado por uma espessa lapa de granito constituindo um abrigo com cobertura de doze metros de comprimento e quase três de altura. Alguns sinais simbólicos, pintados a vermelho, representam segundo alguns autores as estrelas e o sol. Seria um local de culto, não de habitação. No castro do Castelo, situado na serra de Carlão, foram descobertas algumas pinturas rupestres.
Do tempo dos romanos, existe em Santa Águeda de Carlão uma ponte construída sobre o rio Tinhela, a jusante das caldas, por volta do século III d. C. e parcialmente destruída em 1730.
Refere Fernando Rodrigues Leitão, autor de uma Monografia sobre o Concelho de Alijó, em relação à arqueologia de Carlão: Mas se a povoação é muito antiga as manifestações da vida humana a acusar a presença do homem dentro do seu termo actual, são mais antigas ainda. Elas vêm dos períodos mais remotos da pré-história. A arqueologia local, rica em documentos de valor, apresenta-nos testemunhos nítidos do homem da pedra polida senão da pedra lascada, pois um instrumento lítico, género coup de poing, encontrado nas imediações do castrum, faz supor isso.
O curioso topónimo desta freguesia deriva claramente de um antropónimo, Carlon, que aparece no onomástico medieval. Terá sido um remoto possuidor destas terras.
Carlão pertenceu desde o início ao concelho de Alijó, ao contrário da maior parte das actuais freguesias. A paróquia era uma vigairaria colada apresentada. O pároco tinha de rendimento anual 16 mil réis e 20 alqueires de trigo, quantia pouco significativa comparando com outras povoações do concelho.
Em relação ao património edificado de Carlão, destacamos em primeiro lugar os monumentos religiosos. A igreja paroquial desta freguesia é um templo do século XVIII e destaca-se por conservar no seu espólio uma sagrada custódia setecentista. Ainda de relevo é uma imagem de Teixeira Lopes representando Jesus Cristo crucificado. Com três altares, o do Santíssimo Sacramento, o de Nossa Senhora do Rosário e o de S. Sebastião, foi reconstruída por duas vezes. Aumentada em 1903 com a construção de uma torre sineira. A primitiva igreja matriz de Carlão deveria ser aquilo que resta de uma antiga capela românica aqui existente, cujas ruínas ainda se podem ver no cemitério.
A pequena capela dedicada a Nossa Senhora dos Remédios, que se levanta no local onde existiu em tempos um povoado castrejo, foi construída no século XIX, embora tenha sofrido posteriormente diversas reconstruções.
A capela do Povo, no lugar de Casas da Serra, foi construída no século XVIII por Francisco Teixeira de Mesquita, fidalgo da família Mesquita. Hoje em ruína total, era de estilo renascentista e dedicada a S. Francisco. Ali foi sepultado o seu fundador, que gravou na pedra tumular a seguinte quadra: Escolhi este lugar / Em humilde me fundo / E para fugir do mundo / Quero aqui descansar.
O património mais importante da freguesia, em termos de património, devem ser mesmo as caldas de Carlão, também conhecidas como caldas de Favaios, de Tinhela ou de Murça. Estão a quatro quilómetros da sede da freguesia e têm águas sulfúreas sódicas ou primitivas com excelentes propriedades para a cura de doenças da pele, reumatismo, etc.. Refere Pinho Leal: As aguas thermaes rebentam no fundo de uma fragosa eminencia: são crystallinas, tendo em a nascente a temperatura de 92 a 94, F., com o cheiro e sabôr proprio das aguas mineralisadas pelo gaz hydrogeneo sulphurado, deixando no paladar uma sensação, como de tinta de escrever (caparrosa). É muito adstringente. (...) Não me consta que fossem examinadas pelos engenheiros que em 1866 e principios de 1867, andaram pelo reino a inspeccionar as nascentes de aguas mineraes, nem foram apresentadas na exposição universal de Paris, em 1867. É muito provavel que estas aguas tenham tantas virtudes therapeuticas como qualquer das outras tão preconisadas, mas o abandono em que estão, é a causa de serem quasi desconhecidas.
Se a camara de Alijó, ainda que pedisse para isso um subsidio ao governo, tratasse de edificar aqui um soffrivel estabelecimento, no qual, com alguma commodidade, se podessem tomar banhos, a concorrencia seria muita e certa, porque, feita a estrada de ferro do Porto à Regua, e com o rio Douro, tinha duas vias de communicação, que ambas ficam proximas. Isto daria uma boa renda ás camaras, utilisavam os enfermos que necessitassem destas aguas, e os povos circumvisinhos, que tinham prompta e vantajosa venda aos seus generos alimenticios.
Nasceu em Carlão o Pe. Artur Teixeira Noura, importante arcipreste de Alijó em meados deste século
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Por:
José Nogueira dos Reis